GOD SAVE THE QUEEN

Oi pessoal,

A partir de hoje as postagens serão feitas daqui de Brighton. Sim, para quem não estava sabendo eu já cheguei na Inglaterra. Foi uma longa jornada até aqui e é isso que vou contar para vocês nesse post.

Tudo começou em Prudente. Eu fui para o aeroporto às 8h30. O meu avião era às 9h50 e o embarque começaria às 9h10. Eu tive que esperar um pouco mas a minha família e minhas amigas estavam lá comigo então passou super rápido e foi ótimo ter chegado mais cedo porque não tinha fila para despachar a bagagem. Falando em bagagem, eu tive que tirar a acetona que estava levando porque não pode levar produtos inflamáveis. Mas tudo bem, acho que tem acetona aqui em Brighton...

Sarah, Thai e Josy

O voo de Prudente para São Paulo foi muito rápido. Eu desci no Aeroporto de Congonhas então tive que pegar um ônibus para ir até o Aeroporto de Guarulhos. Tudo foi bem tranquilo, tirando a parte de pegar a minha mala da esteira, afinal carregar 30 kg não é nada fácil.

Chegando no Aeroporto de Guarulhos eu fiquei meio perdida porque é muito grande aquele lugar. Eu sabia que o meu voo seria no Terminal 1 por isso já fui direto pra lá. Isso era mais ou menos 13h e o meu voo com destino a Amsterdã era só às 21h e eu só ia poder despachar a mala a partir das 18h. Como a mala estava muito difícil de carregar e eu precisava fazer xixi e não dava para entrar com ela dentro do banheiro, tive que pagar 18 reais para guardar em um Guarda - Volume. 

Depois disso eu fiquei andando no aeroporto para me familiarizar com o lugar. Nessa hora eu já procurei onde eu ia fazer o check-in. E depois fui almoçar. Tudo é muito caro no aeroporto, eu comi dois salgados, bebi uma coca e gastei 25 reais. Ficar esperando 8 horas foi a parte mais difícil. É muito chato.

Quando era 17h eu fui buscar a minha mala para poder "encapar" ela com papel insufilme. Eles tem esse serviço no aeroporto e custa 30 reais. É interessante fazer isso porque protege a sua mala e para identificá-la é bem mais fácil. Terminei de encapar e fui fazer o check-in. Foi bem fácil também. Depois disso eu já fui para a sala de embarque. Eu poderia embarcar no avião a partir das 20:10. Nessa hora eu estava muito nervosa e com vontade de chorar. O voo duraria quase 12 horas e depois disso eu já estaria na Holanda. Liguei para a minha mãe e comecei a chorar no telefone. Quando eu desliguei o telefone um moço que estava perto de mim perguntou: "Você está bem?" Ai nós começamos a conversar. 

Minha mala nova com o papel insufilme

Chegou a hora do embarque e tudo é muito fácil (piece of cake). O avião decolou e eu estava sentada do lado de uma senhora que ia descer em Amsterdã e depois ir para o Egito. Nós conversamos bastante e ela disse que a filha dela já veio para Brighton e amou. O jantar foi servido no avião. Ah, uma dica, não peçam frango. Eu não gostei, devia ter pedido macarrão. Depois eu fiquei assistindo tv. Eu não consegui dormir muito, pois é bem desconfortável. Sem contar que na hora que eu fui colocar a minha mochila no bagageiro em cima da minha poltrona já não tinha mais lugar, então eu tive que levar a mochila no meu pé.

O avião aterrizou em Amsterdã. Eu estava muito nervosa pois se precisasse pedir alguma informação seria tudo em Inglês. Mas eu não precisava ter ficado nervosa pois tudo é MUITO fácil. Eu imprimi o meu ticket com as informações do portão de embarque e depois fui procurar onde ele era. É tudo muito bem sinalizado então achei rápido. Fiquei esperando 2 horas e depois já embarquei. Próxima parada: Heathrow Airport, London.

No caminho para Londres sentei do lado de uma americana e nós começamos a conversar. Ela não sabia absolutamente nada sobre o Brasil e fez milhares de perguntas. Isso foi ótimo porque eu pratiquei meu speaking. Quando o avião chegou no aeroporto eu não sei por qual motivo ele ficou voando em círculos por um bom momento e só depois aterrizou. Nessa hora eu estava muito nervosa pois tinha que passar pela imigração. Eu fiquei na fila esperando a minha vez. O policial da cabine 31 me chamou. Eu tentava disfarçar o nervosismo. Ele olhou meu passaporte e um papelzinho que me deram no aeroporto de Amsterdã que tem que preencher com seus dados pessoais. Ele perguntou quantos dias eu ia ficar e depois se eu ia estudar ou trabalhar. Eu disse estudar e ele pediu para ver a carta da escola, eu mostrei e ele carimbou o meu passaporte. Graças a Deus. Que alívio que eu senti aquela hora... Ah! O policial não foi grosseiro nem estúpido comigo. Várias pessoas me falaram que isso poderia acontecer.

Depois disso fui pegar a minha mala na esteira. Peguei um carrinho mas ele não funcionava, peguei outro e também não funcionava. Desisti. Fui na primeira esteira que vi na frente pra pegar minha bagagem, depois de uns 30 minutos percebi que estava na esteira errada, aquelas malas não eram a do meu voo. Fui procurar a minha esteira, quando achei só estava a minha mala nela. A mala estava muito pesada por isso tive que pegar outro carrinho que também não estava funcionando. Só então percebi que o carrinho só anda de você forçar para baixo a parte que você segura. Que vergonha!

Próximo passo: pegar o ônibus para Brighton. Logo na saída do Terminal 4 tinha uma placa indicando onde os ônibus da National Express passam. Demorei um pouquinho para achar  mas quando encontrei tinha um ônibus parado na frente da cabine onde vende a passagem e ele ia para Brighton. Comprei a passagem muito rápido e entrei no bus, ou melhor, no coach. Ainda bem que a Tati, minha coworker, me avisou que esse tipo de ônibus eles chamam de coach e não bus. Eu já tinha olhado no site e já sabia o ponto que eu ia descer. 

Por volta das 5h, horário local, eu cheguei na coach station aqui em Brighton. Estava muito frio. Peguei um taxi e o motorista era casado com uma brasileira. Ele me contou a história deles. Depois de alguns minutos e mais 13 libras eu estava na minha homestay.

Bom, essa foi a minha journey. Eu tenho 3 dicas para vocês e aposto que vocês já ouviram isso antes: Siga o fluxo, leia as placas e não tenha vergonha de perguntar. This is it.

Bye!

Bônus: Nesse vídeo eu tinha acabado de entrar no coach que me trouxe para Birghton. Eu estava meio perdida, esquecendo as palavras em português, exausta mas super animada ao mesmo tempo. Eu estava falando baixo porque tinham outras pessoas perto. Não liguem para a minha cara de cansada e nem para a qualidade do vídeo.