sábado, 1 de fevereiro de 2014

DAY #44 Seven Sisters, Enrico e cochilo no ônibus

Já vou avisando agora no começo, esse post será muito longo, muitas coisas aconteceram esse dia.

So, let's get it started!

No último post da viagem, eu contei para vocês sobre o jantar que eu fiz para os meus amigos (aqui!). A bateria da câmera acabou mas a noite foi longa. Depois do jantar nós ficamos conversando um tempo e então resolvemos sair, pois aquele era o último dia do Enrico em Brighton, tínhamos que aproveitar.

Fomos todos (Enrico, Esteban, JP, Ivan e Alejandra) de ônibus para o centro da cidade e lá encontramos outros amigos (Tamara, Lorena, Samuel, Sato e Miranda). Fomos para uma festa que tinha música latina, indiana e brasileira, uma mistura!

Ficamos lá até umas 3 horas da manhã! Foi super divertido, muita gente, de todo lugar do mundo. Quando saímos da festa ficamos todos na frente do lugar conversando até umas 4 horas da manhã. Ninguém queria ir embora e por isso resolvemos ir para a praia. Sentamos todos nas pedrinhas e conversamos mais um pouco. Até que eu tive a ideia louca de entrar no mar! Fiz meio que uma aposta, pensando que ninguém toparia. Só sei que quando olhei pro lado o Ivan, o Esteban e o JP já estavam tirando o sapato e logo depois eu. 

A água estava extremamente gelada, claro. Era inverno e devia estar fazendo no máximo uns 8 graus aquela madrugada. Quando a onda molhou os meus pés, tive a impressão que eles tinham congelado. Não conseguia mais andar, a outra onda estava vindo e ia me alcançar. Segurei no JP e ele me ajudou. O que só piorou a situação foram as pedras, parecia que eu estava pisando em cacos de vidro. Foi horrível, mas inesquecível.

Sentamos novamente e eu ainda demorei um pouco para me recuperar. Quando era umas 7 horas da manhã resolvemos ir para casa, pois o Enrico ainda tinha que arrumar a mala dele e sair de casa às 12h30.

Estava exausta. Cheguei em casa e capotei. Acordei com o Enrico me chamando às 11 horas pra tomar café com ele, seria o último. Desci parecendo um zumbi. Passamos o brigadeiro do dia anterior no pão e comemos contando como foi a festa para a Lorraine. Depois ele terminou de se arrumar, fechou a mala e ficou pronto, o Lawry ia levá-lo até a train station. Lógico que eu chorei quando me despedi dele.

Acho que devo abrir um parenteses aqui para falar do Enrico, pois não falei muito dele aqui no blog. Ele foi para Brighton para estudar Inglês pois ia fazer o exame de Oxford para alguma coisa relacionada com aeronáutica. Então pela manhã ele ia para a escola e também alguns dias da semana a tarde, nos outros dias ele ficava em casa estudando as outras matérias que cairiam no exame tipo matemática, química e física. A noite ele também estudava, às vezes só até a hora do jantar e outras até a hora de dormir, por isso ele raramente saía (Hoje ele está em Bruxelas estudando na unidade de Oxford lá). Antes dele se mudar para a casa da Lorraine e do Lawry, a Elisa que morava lá (lembram dela?) e ela era uma graça. Mas com o Enrico era diferente. Ele parecia meu irmão de verdade, a gente se dava muito bem. Todo dia ele parava um pouco de estudar para a gente conversar no quarto dele, eu contar meu dia e ele falar um pouco sobre o que estudou. Jantávamos juntos todos os dias e depois ele fazia Custard Cream de sobremesa para nós quatro comermos enquanto assistíamos tv. Até a Lorraine chegou a dizer um dia, que pela primeira vez, desde quando ela começou a receber estudantes na casa dela, ela sentiu que tinha uma família de verdade em casa. Porque eu e o Enrico nos relacionávamos como irmãos e ela se sentia nossa real mother. Só pra vocês imaginarem como foi difícil falar tchau pra ele naquela manhã.

Depois que ele foi embora eu subi pro meu quarto e vi que tinha várias chamadas perdidas no meu celular da Sophia (minha amiga da Hungria), retornei a ligação e ela me chamou para ir pra Seven Sisters, pois eu não podia ir embora sem ter conhecido aquele lugar.

Tudo o que eu sabia era que as Seven Sisters eram 7 penhascos, só. Falei pra Sophia que eu ia, mas precisava almoçar antes. Nós combinamos de nos encontrar no McDonald's, pegar o hamburguer e ir comendo no ônibus, que demora uns 40 minutos para chegar até o destino final: os penhascos.

Nesse vídeo vocês podem ver como foi a minha experiência no lugar. Eu diria que quem vai pra Brighton não pode deixar de conhecer, mas tem que se programar para ir num dia que faça sol, acho que tudo fica mais bonito.


Quando pegamos o ônibus para voltar já estava quase completamente escuro e só nós estavamos na parte de cima do double decker. Eu só tinha dormido 3 horas e como vocês viram no vídeo tinha andado como uma condenada. Não existia mais Isadora, só cansaço (drama queen). Deitei no último banco do ônibus e dormi. Só acordei quando chegamos com a Sophia me chamando. E quando fui descer a escadinha do ônibus, meio dormindo ainda, torci o pé e quase caí. Era mais ou menos 19h00 quando chegamos no centro da cidade e o Ivan me mandou uma mensagem dizendo que ele e os meninos estavam numa loja e que depois iriam para um pub, que era pra eu ir para a loja encontrá-los. Me despedi das meninas e fui (meio mancando). Passamos no Grubbs Burgers (o melhor hamburguer de Brighton) , fomos para um pub ali perto e depois para um outro pub ainda, um pouco mais longe.

Ninguém tinha se recuperado do dia anterior, principalmente eu. Não demoramos muito e fomos embora. 

Foi estranho chegar em casa e não encontrar o Enrico, isso só me lembrava que logo logo eu também iria embora. No dia seguinte já começaria a arrumar as malas. Mas só cheguei, tomei banho e dormi. Estava exausta.








Agora só restam mais dois posts sobre a minha viagem. 

Até mais.

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